Mecânica Quântica e a modelagem da simulação


Um argumento contra a hipótese da simulação é que um computador com tal capacidade de processamento e renderização da realidade seria impossível. Para além do argumento de que os computadores atuais certamente seriam impensáveis há 100 anos, há uma solução mais interessante confirmada pela própria mecânica quântica – o computador simula unicamente o que ele precisa. Isso é algo que realmente acontece em games de computadores atuais.

Não seria necessário para esse supercomputador modelar toda a realidade a um nível que a simulação fosse indistinguível da realidade. Apenas os elementos observados precisam ser modelados a um nível de resolução que coincida com as limitações da nossa observação ou aos nossos instrumentos de medida. Um programa poderia fazer isso dinamicamente gerando resoluções incrementais de vários componentes conforme fosse necessário, tal como quando colocamos um objeto em um microscópio. Talvez a simulação cósmica seja muito menor do que imaginamos.

Isso esclareceria alguns paradoxos da mecânica quântica como o porquê do estado quântico ser digital, bem diferente da concepção contínua e analógico do espaço-tempo. Ou ainda o chamado “efeito do observador” e a noção de “entrelaçamento quântico”.

No paradoxo do observador, uma partícula subatômica é uma onda de probabilidade onde diversas realidades ou alternativas coexistem simultaneamente. Somente quando observamos a partícula ela “decai” (decoerência) entrando em colapso a função de onda estabelecendo-se as propriedades do objeto.

Em 2008 o Instituto de Ótica Quântica e Informação Quântica (IQOQI) em Viena determinou a uma certeza de 80 ordens de grandeza que a realidade objetiva não existiria por si só, passando somente a existir quando conscientemente observada.


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